Os disjuntores são um dos principais sistema de segurança contra sobrecargas elétricas ou curto-circuitos.
Sua função é cortar a passagem de corrente elétrica, caso a intensidade seja excedida da que foi estipulada, assim, quando há uma sobrecarga, o disjuntor desliga automaticamente.
Logo, sua função é de proteger os cabos e dispositivos, permitir o fluxo normal de corrente sem interrupções e garantir a segurança das instalações e dos usuários.
Esses problemas que podem causar esses prejuízos são os curto-circuitos e sobrecargas, mas afinal o que são curto-circuitos e sobrecargas elétricas, e como elas podem ser prejudiciais?
Primeiramente, curto-circuitos, como o próprio nome já diz, ocorre quando há uma ligação onde se fecha um circuito com resistência praticamente nula, o que provoca uma elevação na corrente elétrica.
Já a sobrecarga se trata de um excesso de corrente elétrica passando pelo circuito durante um determinado tempo.
Ambos podem causar prejuízos, como, por exemplo, queimar o circuito de equipamentos, reduzir a vida útil dos equipamentos, e liberar faíscas que podem causar incêndios.
Por isso é de grande a importância uma instalação elétrica de qualidade e com um excelente sistema de segurança, com os disjuntores apropriados e em boas condições.
Assim, podemos perceber que um disjuntor desarmando pode indicar que há um problema real, na instalação. Podemos perceber o desarme pelo som bastante característico, como um estalo, e o corte de energia daquele circuito que ultrapassou a capacidade.
É importante que se identifique o que pode ter causado o problema antes de religar o disjuntor desarmado.
Vamos agora tratar de 4 motivos que podem causar o desarme do disjuntor:
1. Sobrecarga do sistema elétrico
A sobrecarga do sistema é um dos maiores problemas que irá causar a ativação do desarme do disjuntor.
Muito comum em instalações elétricas antigas, que não foram projetadas para o perfil de consumo de energia da população atual, como a grande quantidade de equipamentos conectados a rede simultaneamente.
O disjuntor desarma como um meio para que se identifique que aparelho possa ter ocasionado sua ativação e assim ser possível diagnosticar o problema.
No entanto, também pode ocorrer em edificações mais recentes. Em sua maioria ocorre por ter muitos aparelhos ligados ao mesmo tempo em um mesmo circuito.
Sem um disjuntor a sobrecarga na corrente não será interrompida, e assim as chances de acontecer um curto-circuito, danos em aparelhos, ou mesmo incêndios são muitíssimo altas.
O que fazer?
Agora que já ocorreu o desarme do disjuntor é importante que se desligue os aparelhos que estão conectados no circuito da tomada e então rearmar o disjuntor novamente.
O mais prático e seguro a se fazer é evitar que o circuito volte a ser sobrecarregado, não utilizando vários equipamentos em uma mesma tomada ao mesmo tempo.
Caso volte a ocorrer deve procurar um profissional qualificado.
Observação: Após se tirar os equipamentos da tomada é indicado verificar os aparelhos e não ligar novamente os que apresentarem problemas.
É possível analisar características como cheiro de queimado e fios desencapados, o que pode indicar que o aparelho está com defeito.
2. Problemas na instalação do disjuntor
Uma causa comum de disjuntor desarmando com frequência pode não ser uma sobrecarga do sistema ou algum aparelho com defeito, e sim uma má instalação do disjuntor.
Se o disjuntor estiver mal conectado com a fiação ou se não estiver isolada da forma correta, irá causar o desarme do disjuntor.
O que fazer?
Um profissional irá verificar e ajustar as conexões do disjuntor ou isolar novamente, da forma correta.
Mesmo que pareça uma tarefa simples, é importante que seja feita por um profissional, pois tanto será mais seguro quanto se terá uma maior garantia de que este era a real causa das quedas de energia.
3. Falta de tomadas específicas
Alguns aparelhos exigem tomadas específicas, onde tem um circuito próprio e que só terá esse aparelho conectado.
Aparelhos como chuveiros elétricos e alguns ar-condicionados necessitam de um circuito dedicado para eles.
Quando não se tem esse cuidado na instalação, ao se ligar o chuveiro elétrico, por exemplo, o disjuntor desarma imediatamente, sendo provável que tenha acontecido um curto-circuito nos cabos do chuveiro.
O que fazer?
O profissional irá identificar o local em que o fio derreteu, cortar o pedaço derretido e conectar as partes não danificadas.
É importante se atentar para que os cabos são compatíveis com a potência do chuveiro.
4. Problemas na fiação do condomínio
Em casos onde o disjuntor desarmando está em um prédio, o problema pode ser da própria instalação elétrica do condomínio.
Fato que ocorre, principalmente, em edificações antigas, onde a é possível que a instalação que leva energia para todos os apartamentos, não seja adequada para que atenda as necessidades dos moradores e da instalação como um todo.
O que fazer?
Ao se ter certeza que o problema não é no seu apartamento, é então função do síndico tomar as medidas cabíveis para a solução desse problema.
Portanto, se deve informá-lo o mais rápido possível.
Ainda mais importante que saber o que causa o desarme do disjuntor é saber como evitar.
Já que uma reforma ou mesmo uma manutenção inesperada é um custo e um stress que podem ser evitados com algumas medidas:
- Disjuntores de qualidade e compatíveis com as necessidades de uso dos usuários e com as especificações da instalação elétrica;
- Evitar sobrecarregar os circuitos ligando vários dispositivos numa mesma tomada;
- Ter a instalação dos disjuntores separados em setores, pois essa segmentação por cômodo irá facilitar na identificação do problema e não poderá causar danos em aparelhos conectados nos circuitos de outros cômodos. Os outros cômodos continuam com energia normalmente. Poderá também facilitar durante manutenções;
- Se deve, também, manter uma manutenção preventiva periódica da instalação elétrica. A manutenção preventiva é por vezes muito menos custosa do que uma manutenção corretiva inesperada. Podendo ser feita a cada 5, 10 ou 15 anos;
- O disparo frequente do disjuntor desarmando deve ser observado e contatar um profissional para que seja identificado o que causa o problema e consequentemente solucioná-lo.